Rival mais forte do iPad, Galaxy Tab 10.1 traz interface TouchWiz
Não dá para saber se, no momento em que você estiver lendo este texto, o Galaxy Tab 10.1 estará nas lojas. Isso não tem a ver com os estoques da Samsung. A dúvida existe por conta dos processos em que a Apple aponta muitas semelhanças entre o iPad 2 e o Galaxy Tab. Na Europa e na Austrália, o tablet da Samsung chegou a ser proibido. Polêmicas à parte, o gadget realmente merece atenção graças ao seu ótimo acabamento e à interação azeitada entre hardware potente e uma versão especial do sistema Android 3.1. Entre as novidades, estão os miniaplicativos que rodam sem ocupar a tela toda e podem ser usados com outros programas. É quase como num PC. Outro destaque é o teclado virtual, espaçoso e com várias opções de visualização. Antes de chamar o Galaxy Tab de matador do iPad, porém, é preciso destacar alguns pontos fracos, como a falta de conteúdo para aproveitar a tela grande, a duração da bateria menor que a do rival e o desempenho do tablet como player multimídia. Sua saída HDMI necessita de um adaptador próprio e só suporta 720p de resolução.
Semelhanças físicas à parte, os tablets possuem pontos bastante divergentes. Equipado com um processador ARM Cortex A9, com dois núcleos de 1 GHz, 1 GB de memória RAM e, como já diz o nome, uma tela de 10,1 polegadas, o tablet da Samsung tem força de hardware para superar seu rival da Apple. No entanto, o iOS ainda parece bem mais fluido que o Honeycomb 3.1, há um leque maior de aplicativos interessantes na AppStore e, principalmente, mais conteúdo para consumir, como livros, revistas, etc. Assim como outros representantes da família Android, o Galaxy Tab 10.1 conta com DLNA e aceita diversos formatos de vídeo, são eles: WMV (9,8 e 7), H.264, MPEG4, Xvid, DivX, H.263 e VP8. O tablet não só rodou arquivos em 1080p, mas também deu conta de legendas em arquivos separados. Um problema é a saída HDMI para ligar o pequeno em uma TV, que requer um adaptador e tem resolução de 720p. Assim como no Xoom e no Eee Pad Transformer, a tela do Tab 10.1 conta com 1280 por 800 pixels.
Sendo membro da família Galaxy, a Samsung manteve em seu tablet a tradição da TouchWiz, interface modificada do Android. No Tab 10.1 a grande mudança são aplicativos que rodam sem ocupar toda a tela. Assim como em um PC, o usuário pode abrir a calculadora por cima do navegador ou editor de texto, ampliando a multitarefa. A ideia é bem interessante mas, na prática, faltam aplicativos para tirar proveito da novidade. Fazem parte desse pacote as apps Task Manager, Calendar, World Clock, PadMemo, Calculator e Music.
Para o usuário não correr desesperadamente para a market, a Samsung tratou de adicionar seu SocialHub, agregador de redes sociais e mensageiros instantâneos, Polaris Office (edição e criação de arquivos), Netmovies, Pulse (agregador de notícias), eBooks, um leitor de livros e PDFs que não tem loja específica, mas o usuário pode cadastrar uma e um editor de imagens simples.
Quando um aplicativo tem entrada de texto, o teclado virtual aparece com teclas largas e ocupa metade da área disponível (caso o aparelho esteja na orientação vertical). Existem três teclados disponíveis para o usuário: Um para acessibilidade chamado TalkBack (é necessário ter o recurso de acessibilidade ativado), um da Samsung, um original do Android e um Swype. O último tem uma curiosidade: é possível deixá-lo pequeno (não ocupando a largura da tela). Ainda no modo Swype, ao clicar no botão para acessar o teclado numérico há um botão chamado Edit. Ele abre um terceiro layout de teclado com opções para cortar, copiar, rolar página, selecionar, ir ao começo e ao final.
Fonte: http://info.abril.com.br/