Girassóis que reagem à luz de lanternas, tulipas que se acendem com a sua presença. Parece coisa de Eywa, a terra de Avatar, mas é um jardim robótico feito com LEDs, acrílico colorido, sensores de ultrassom e processadores.
A não ser que seus criadores tenham acompanhado a produção de James Cameron, ele não tem nada a ver com o filme e foi criado antes de Avatar chegar às telas. O jardim robótico faz parte de um projeto artístico-tecnológico da Unesp, coordenado pelo professor de robótica Alexandre Simões.
Além do caráter de aprendizado técnico de todo projeto universitário, ele explica que este também tem uma meta mais filosófica: “Antigamente a robótica tinha um caráter mais industrial, mas hoje os desafios são fazê-la interagir com os seres humanos. Queremos transmitir sentimentos por meio da tecnologia”.
Dessa criação, já saíram outros estudos dentro da Unesp, como um trabalho de graduação que tenta fazer os módulos, ou plantas, interagirem entre si. “Quando um girassol esgota seu ângulo de movimento, ele pode comunicar isso a outros girassóis para que eles também se virem para a luz”, conta. Outra opção seria se as tulipas pudessem conversar para diminuir a intensidade da luz conforme os sinais de movimento ficam mais fracos.
O jardim hi-tech não foi feito para a Campus Party, mas a Unesp tem outro projeto que cresce dentro do próprio evento. É o robô CP-01, que está sendo desenvolvido desde o evento do ano passado. Enquanto seus companheiros de pesquisa trabalhavam na programação do robô, Simões contou que ele já é capaz de detectar presença e faces de pessoas, mas ainda não reage a estímulos.
Sincronizar suas ações como dizer “Olá”, dançar e estender a mão com as reações dos seres humanos é o próximo passo, e deve dar certo dentro dos salões da CP. Ideia dos campuseiros: no ano que vem, bem que ele podia levantar e sair andando. Mas algumas pessoas próximas, que devem ter visto muito Exterminador do Futuro, ficaram com medo de ele não ser nada simpático e sair matando alguém.
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