A porta eSATA, encontrada hoje nos micros avançados, deve se tornar obsoleta com a popularização da interface USB 3.0.
O padrão USB 3.0 começa a fazer suas primeiras aparições em computadores, unidades de disco externas e pen drives. Na feira CES, que aconteceu em Las Vegas no início deste mês, houve várias demonstrações dessa nova interface. Asus e HP, por exemplo, exibiram notebooks equipados com USB 3.0. A nova porta promete velocidade máxima de até 5 Gbps, contra 480 Mbps da USB 2.0. Ao menos na teoria, o ganho de velocidade pode passar de dez vezes.
Um arquivo com um vídeo de 6 GB demoraria mais de duas horas para ser transferido via USB 1.0. Se a porta for USB 2.0, o tempo cai para pouco mais de 3 minutos. Com a USB 3.0, será de cerca de 20 segundos. Para conseguir isso, o cabo USB 3.0 tem oito fios em seu interior, em vez dos quatro usados nos cabos USB 2.0 e 1.x. Mas as novas portas serão compatíveis com os dispositivos hoje existentes. Além do ganho de velocidade, a USB 3.0 terá mais eficiência energética, consumindo pouquíssima eletricidade quando o dispositivo conectado não precisar dela.
Além de estar presente em praticamente 100% dos computadores, a porta USB está virando padrão para conexão de dados e energia em celulares e outros dispositivos móveis. O USB Implementers Forum (USB-IF), grupo de fabricantes que desenvolve essa tecnologia, calcula que haja 6 bilhões de portas USB em uso. A empresa de pesquisas de mercado InStat, bastante mais conservadora, fala em 3,4 bilhões. A USB 3.0 deve começar, aos poucos, a ocupar uma parcela desse mercado. Mas isso não vai acontecer de repente. Ainda hoje, 29% dos dispositivos em uso são USB 1.1, como você pode ver no gráfico abaixo. Vale observar, também, que o Windows 7 ainda não suporta USB 3.0 nativamente. Esse recurso deverá estar no primeiro service pack do sistema operacional, que deve chegar, talvez, no final deste ano.
E o que vai acontecer com as portas FireWire e eSATA? A FireWire (IEEE 1394) não vai sair de cena tão cedo. Ela é preferida em aplicações profissionais que envolvem transferência de áudio e vídeo. Em estúdios de gravação, por exemplo, é o padrão. E, claro, conta com o forte apoio da Apple, sua inventora. Mas pode se tornar menos atraente quando a USB 3.0 se disseminar e, aos poucos, ir perdendo importância. Já a eSATA tem um futuro nada animador. Essa interface vem sendo usada para a conexão de unidades de armazenamento externo em PCs, além de ser encontrada em receptores de TV. Mas ela é menos versátil que a USB. Não fornece alimentação elétrica ao dispositivo e nunca se tornou realmente popular. Sua velocidade máxima atual é de 3 Gbps. Uma versão de 6 Gbps está prevista para o segundo semestre. Mas é provável que seja tarde demais. Até lá, a USB 3.0 já será mais comum e a eSATA será totalmente dispensável.
Fonte: Info
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